quarta-feira, 29 de março de 2017

Sobre materiais impressos


Ao nos comunicarmos por materiais impressos produzimos sentidos sobre nossa prática social, nosso olhar sobre o mundo, impressões sobre nossa realidade dentro do contexto em que existimos. As formas de comunicar podem ser de várias formas, nessas circulam as informações que podem trazer para os sujeitos, atributos e interpretações diversificadas aos que tem acesso.
Para compreender a forma que há essa apropriação, analisemos o público que vai receber a informação, se há interlocução, se o público acolhe e valida a mensagem educativa. 
As estratégicas de troca com a população precisam dialogar com o contexto existencial, social e textual destes e tentar dialogar para que a linguagem seja adequada e o conteúdo assimilado.
Em Ilha de Maré constituiremos um dossiê sobre o levantamento de pesquisas realizadas na área, para comunicar de forma lúdica e popular, para trazer uma relação mais horizontal com aquela população, lançaremos de um roteiro de desenhos e narrativas sobre os principais problemas observados.
Acreditamos que desta forma, nosso material será validado em sua importância e os pescadores e marisqueiras atribuirão sentido ao que buscamos produzir.
O lugar de fala da Universidade ainda é um local de poder que pouco relaciona-se com as comunidades tradicionais. A busca da interlocução em um novo lugar social se faz necessária para essa troca da Universidade com a comunidade. 
O material produzido só potencializa seu alcance em uma via de mão dupla, novos sentidos para o objetivo de identificação da Universidade em seu papel de produção social para que a comunidade a reconheça como instrumento de transformação e pertencente a ela.

Inspirado no texto:

ARAUJO, I. Materiais educativos e produção dos sentidos na intervenção social In: MONTEIRO, S.; VARGAS, E. (Orgs.). Educação, Comunicação e Tecnologia Educacional: interfaces com o campo da saúde.  RJ: FIOCRUZ, 2006. p.49-69.

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